Por Gaia Manetti
20 de Março de 2019
Caso você não tenha visto ainda nossa Aula 3, ela está aqui.
Aula 4 – O Mito da Neutralidade
Nos dias de hoje a ciência ganhou um destaque que está além das suas capacidades. Você já deve ter ouvido falar frases como: “Pode confiar, é comprovado cientificamente” ou “Essa informação é verdadeira, pois eu vi numa pesquisa científica”. Isso é muito comum, mas será que devemos confiar cegamente na ciência? E quais são os problemas que como pais e mães cristãos enfrentamos ao lidar com este tema?
Estas são algumas perguntas que eu quero refletir aqui com vocês no sentido de proteger nossas famílias das mentiras de Satanás e do pecado da idolatria.
Uma das características da ciência é que ela é um processo, ou seja, ela está em desenvolvimento. Uma pesquisa pode dar continuidade a outra reafirmando alguns pontos e/ou refutando outros e, também pode apontar novas descobertas bem como evidenciar falhas e mentiras umas nas outras. A história mostra isso. Um exemplo emblemático é o de que a terra já foi considerada plana, mas hoje sabemos que esta informação não é verdade. Como então usar a ciência de forma boa?
Devemos usar a ciência dentro dos limites que dela, senão podemos “cair no erro” de considerar a ciência verdade absoluta, quando na verdade ela é simplesmente um caminho para o conhecimento das coisas criadas por Deus. Ou seja, a ciência não pode tomar o lugar de Deus nas nossas vidas. Por isso, devemos lembrar sempre que a Bíblia sim é imutável e absoluta; mas que isso não se aplica a ciência e nem deveria, pois não é este o papel da ciência.
Dessa forma, se nós formos capazes de aproveitar o que a ciência tem a nos oferecer dentro do âmbito dela mesma, estaremos utilizando-a de forma proveitosa e correta sem incorrer no pecado da idolatria. Neste sentido, também é necessário avaliar bem as fontes que usamos para assegurar que não estamos baseando nossa opinião em algo falacioso.
No livro “Educação Clássica e Educação Domiciliar” da Editora Monergismo temos uma breve explicação sobre os fundamentos da argumentação verdadeira e como identificar uma argumentação falsa. Podemos tratar disso mais tarde, mas é importante agora que comecemos a nos atentar para o que “consumimos” de informação no sentido de averiguar a veracidade das informações que estamos adquirindo, pois elas serão a base que nos ajudarão, muitas vezes, a estruturar o que pensamos e argumentamos em relação a todas as coisas criadas. Lembremos de Efésios 5:6 que diz: “Ninguém nos engane com palavra sem sentido.”
Uma sugestão prática é, sem dúvida começar a orar a respeito disso, pedindo a Deus que nos leve a compreensão verdadeira de todas as coisas para que possamos ensinar nossos filhos a verdade sobre as coisas. Como cristãos deveríamos amar a verdade e ancorar nossas vidas nela. Dessa forma, vamos procurar encher nossas mentes e corações com conhecimento verdadeiro e confiável acerca do mundo a partir do princípio que toda posição científica tem um lado e fala de um ângulo, ou seja, nunca é neutra.
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Aula: Gaia Manetti
Imagem: Educalar | Edição: Emerson Almeida
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