Por Mariana Góes
Junho 2020

Para relatar nossa rotina de estudos de Matemática, é importante enfatizar que o caminho percorrido para chegar ao ponto de organização e escolhas de materiais foi se aprimorando ao longo de, mais ou menos, três anos, conforme meus erros e acertos; e também pelo entendimento que adquiri com estudos sobre os temperamentos das meninas, e como cada filha aprendia.

Hoje, escolhi para nossa rotina trabalhar com flexibilidade e simplicidade.

Dito isso, explicarei como estudamos Matemática com três meninas de diferentes idades: 3, 6 e 8 anos.

Faça Parte da Comunidade EducalarCada idade tem um tempo mínimo determinado para trabalhar os respectivos conteúdos. Por isso, começamos os estudos todas juntas, sentadas à mesa, no período matutino, cada uma com seu material didático. 

Para a mais nova utilizo o material disponibilizado pelo professor de Matemática, Sérgio Morselli. Com esta filha, sou super flexível; o dia que ela não quer fazer, não a forço, pois acredito que nessa idade ainda não há necessidade de estudo formal. Adquiri material para ela pois sempre que sentamos à mesa para estudar, ela quer estar junto. Mas isso dura no máximo 15 minutos, ela logo sai para brincar.

Para a filha de seis anos, uso o material do primeiro ano da editora Alfa e Beto, que segue o método da Matemática de Singapura, composto por 2 livros: 1 para cada semestre. Com ela, o estudo leva em torno de 30 minutos.

Com a filha de 8 anos, o tempo já é maior, ficamos aproximadamente de 1 hora e meia a 2 horas. O material usado é para o terceiro ano, da mesma editora, composto pelo livro do aluno, livro do professor e o caderno de atividades. Gostei muito deste material, possui bastante exercícios de fixação. Eu explico o conteúdo e faço alguns exercícios, o restante ela deve concluir sozinha. Esta filha demora mais, pois sua imaginação “voa” a cada minuto, por isso o tempo maior. No início do estudo formal de Matemática, eu colocava cronômetro para determinar o tempo em que ela deveria terminar tal atividade, mas isso a deixava um pouco nervosa, pois a pressionava e forçava a sua mente a prestar atenção apenas nas atividades propostas (já que as duas irmãs permanecem no mesmo ambiente, fazendo coisas diferentes). Meu intuito era fazer com que ela aprendesse a estudar em qualquer ambiente, mesmo com barulho em volta. Hoje em dia, ela se concentra com muito mais facilidade, mesmo quando estou explicando para as irmãs. Ainda se distrai, se mexe muito, fica em pé na cadeira para realizar uma multiplicação. Mas, na medida do possível, a oriento para acalmar seu corpinho e concentrar a energia no pensamento.

Como materiais de apoio usamos: material dourado, escala cuisenaire, quadro de valores de lugar plastificado, jogos de tabuleiro de Multiplicação e tábua de multiplicação.

Saliento que nossos estudos são fundamentados pela cosmovisão cristã. Acreditamos que devemos honrar e glorificar a Deus em toda a vida: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Co 10.31). A expressão “façais outra coisa qualquerinclui nosso pensar, e isso engloba nosso pensamento sobre a matemática.

Vern S. Poytress nos lembra que: “Ao pensar sobre aritmética, estamos pensando os pensamentos de Deus depois Dele”, ou seja, a Matemática não é uma descoberta humana, mas uma criação divina. 

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Texto: Mariana Góes – Equipe Educalar.
Revisão de Texto: Émile Bernardes – Equipe Educalar.
Fonte Imagem: Mariana Góes – Equipe Educalar.

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